Todos nós sabemos que a vida é feita de altos e baixos, alegrias e tristezas. A vida das redes sociais são apenas flashes dos momentos maravilhosos que usufruímos. Na prática diária da medicina e da minha própria vida pessoal, vejo um cenário bem maior do que as fotos com sorrisos e locais maravilhosos.
Temos uma escala dentro da psicologia que mostra as fases normais de aceitação de uma doença diagnosticada, um luto de ente querido, luto de um grande amor ou luto de um emprego ou até mesmo de uma cidade que se morava. Tem também alguns lutos das escolhas (vida de solteiro, da vida de casado sem filhos e também a síndrome do ninho vazio).
Leia mais: Semana da Ginecologia: saiba o que é a trombose venosa profunda e quais são seus fatores de risco
Luto da perda do viço dos 20 a 30 anos, aliás esse é um tema bastante discutido nas minhas consultas, afinal todo mundo está em uma fase diferente da história da vida e eu sempre brinco que difícil é começar a descer essa ladeira mas lá na frente tem a paz, o recomeço, novos sonhos, novos ciclos, novas conquistas e principalmente o aprendizado que esses momentos nos proporcionam.
Nos tornamos maduros porque causa dessas quedas que são naturais. Todos passamos por isso e cada pessoa tem um tempo diferente de travessia. São demoradas às vezes mesmo, mas a resiliência, paciência e equilíbrio são peças fundamentais nesse trajeto.
> Leia mais: HPV: os tipos de infecções e tratamentos
Agora, aqui entre nós, a psicologia é complexa! Sempre falo para minha terapeuta que é tão mais fácil ser médica que prescreve uma dipirona e está tudo resolvido. Mas a dor psíquica não é assim, essa é trabalhada dia após dia, concordam?
Dra. Mayka Volpato dos Santos Vello
