O sexo é um ponto importante da qualidade de vida, afetando os aspectos físico e psicológico. Diferentes fatores como saúde, problemas emocionais, estresse e hormônios afetam a função sexual. Por outro lado, a contracepção mudou a sexualidade feminina. A possibilidade de sexo sem gravidez é tida como certa pela maioria das mulheres e facilita a disponibilidade sexual. Consequências potenciais para a resposta sexual feminina estão ligadas aos vários métodos contraceptivos em uso atualmente. Um aspecto muito pouco estudado dos contraceptivos é a sua aceitação sexual, ou como os métodos influenciam as experiências sexuais do usuário, podendo influenciar as preferências e práticas do planejamento familiar.

A sexualidade feminina é complexa, refletindo a interação de muitos fatores, incluindo determinantes físicos, emocionais, psicossociais e culturais. Um potencial mecanismo de diminuição do desejo após o uso de Contraceptivos Orais Combinados (COC) tem sido sugerido como sendo o aumento induzido pela produção de Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais (SHBG). Níveis elevados desta proteína aumentarão a ligação da testosterona circulante e, assim, reduzirá a testosterona livre e biologicamente ativa. Além disso, os COCs inibem a produção de andrógenos nos ovários e níveis reduzidos de testosterona biodisponível podem prejudicar a função sexual.

Leia mais: Semana da Ginecologia: saiba o que é a trombose venosa profunda e quais são seus fatores de risco

 

 

Quando ocorre a redução no desejo sexual com o uso da pílula, qual alternativa pode ser levada em consideração?

Em primeiro lugar é importante excluir outras causas para a diminuição do desejo sexual, tais como: relacionamento conflituoso, outros medicamentos como antidepressivos, doenças sistêmicas, violência sexual prévia. Mas, o DIU de Cobre, dos métodos com maior eficácia, seria o que menor influência tem sobre a função sexual, pois é um método não hormonal.

 

> > Leia mais: HPV: os tipos de infecções e tratamentos

 

Créditos: Febrasgo